Foi sepultado na manhã de sábado (19), no Cemitério Municipal de Novo Hamburgo, o corpo de Caroline Machado Dorneles, de 25 anos, assassinada a facadas na madrugada da sexta-feira (18) em Parobé. A despedida foi marcada por homenagens, orações e grande comoção entre familiares e amigos.
Caroline estava grávida de dois meses de um filho do principal suspeito do crime, seu ex-companheiro, um homem de 24 anos, morador de Parobé. Ela foi encontrada morta com ao menos três perfurações por arma branca por volta das 5h, na Rua 15 de Março, no bairro Colina do Leão.
De acordo com a irmã da vítima, Gabriela, em entrevista ao Jornal NH, o casal havia se separado recentemente, mas mantinha contato. “Eles queriam ter um filho, era uma coisa que eles queriam muito, mas a descoberta da gestação aconteceu nessas idas e vindas deles”, relatou.
A Polícia Civil de Parobé investiga o caso como feminicídio. O delegado Francisco Leitão, responsável pela apuração, afirmou que já foi solicitada a prisão preventiva do suspeito, que fugiu do local do crime e, até o início da tarde de sábado, ainda não havia sido localizado.
Segundo a família, Caroline estava morando com uma tia em Novo Hamburgo e teria ido até Parobé na noite anterior ao crime, possivelmente após receber uma mensagem do ex-companheiro pedindo reconciliação. “Acredito que ele tenha mandado mensagem para ela, como sempre fazia, tentando reatar”, disse Gabriela ao Jornal NH.
Ainda conforme os familiares, o suspeito chegou a ligar para um parente da vítima após o crime, negando o homicídio e alegando que Caroline teria se esfaqueado. A versão é contestada pela família. “Como alguém se esfaqueia pelas costas? É a pergunta que fica. Nós não acreditamos nisso”, afirmou Gabriela, também em declaração ao Jornal NH. Ela ainda relatou que uma conhecida teria visto o homem em Gramado no dia do crime e que essas informações foram repassadas à polícia.
O velório foi realizado na Capela Municipal do Kephas, em Novo Hamburgo. Caroline deixa uma filha de 5 anos, fruto de um relacionamento anterior, que está sob os cuidados de parentes paternos e ainda não foi informada sobre a morte da mãe. “Nem sabemos como contar. A mãe era tudo para ela”, relatou Gabriela ao Jornal NH.
A família da jovem cobra justiça. “Queremos respostas, queremos justiça por ela e pelo bebê que ela carregava”, concluiu.